Diretor de Titanic retorna com a superprodução Avatar. Longa-metragem é aventura de ficção científica com orçamento mais caro da história de cinema
Tem se tornado lugar-comum no cinema norte-americano que o orçamento de um filme faça parte das manchetes sobre a produção, mas, no caso de Avatar, que tem pré-estreia nacional hoje, os números são realmente impressionantes: com um custo estimado em US$ 500 milhões de dólares, o longa-metragem é o mais caro da história do cinema. O filme marca o retorno, depois de 12 anos, de James Cameron à telona. Seu último filme foi Titanic, fenômeno que teve um faturamento de cerca de US$ 2 bilhões, a maior bilheteria de todos os tempos.
Seu novo trabalho é uma ficção científica feita com tecnologia digital revolucionária, elevando a computação gráfica a efeitos até então nunca vistos, com atores reais servindo de base para criaturas virtuais. As sessões de pré-estreia começam hoje em algumas salas a partir das 20 horas e entram normalmente em cartaz amanhã, ocupando cerca de 600 salas no País.
Na trama, os seres humanos estão de olho num planeta chamado Pandora, cujos habitantes são seres azuis, meio homens meio elfos, com alguns poderes especiais. Pandora tem em seu subsolo enormes quantidades de uma substância que é fundamental para a sobrevivência da humanidade e por isso os terráqueos dedicam-se a monitorar os habitantes do planeta. Nesta espécie de guerra, os humanos criam um tipo diferente de espião para poder descobrir as fontes de energia de Pandora: graças a experiências genéticas, cientistas conseguem misturar o DNA humano ao das criaturas que querem dominar, um híbrido batizado como avatar.
Os humanos montam uma colônia de ocupação em Pandora, mas precisam se infiltrar entre eles – daí a importância estratégica dos avatares. O conflito da narrativa se instala quando um desses avatares, ao conhecer de perto os alienígenas azuis, reconhece os valores desta civilização e passa a questionar a atitude predatória dos próprios humanos. Trata-se de Jake Sully, um ex-fuzileiro naval que ficou preso a uma cadeira de rodas e aceita participar da experiência de ser um avatar, sem imaginar o universo de maravilhas, descobertas e perigos que viria pela frente.
O objetivo dos humanos é explorar o minério raro unobtanium, que pode ser a chave para solucionar a crise energética da Terra. Como a atmosfera de Pandora é tóxica, foi criado o Programa Avatar, em que “condutores” humanos têm sua consciência ligada a um avatar, um corpo biológico controlado à distância capaz de sobreviver nesse ar letal.
Metáfora
Na estreia do filme em Londres na semana passada, o diretor declarou à imprensa que a história pode ser compreendida como uma metáfora sobre como a humanidade trata o planeta e sobre o futuro que nos espera. Em Avatar, que se passa no século 22, a Terra enfrenta uma crise energética que coloca em risco a sobrevivência de nossa própria espécie.
“É uma metáfora, não tão politizada como alguns gostariam, sobre como tratamos nossos recursos naturais”, disse o cineasta. “É como se disséssemos: estamos aqui, somos grandes, temos as armas, a tecnologia, o cérebro; e podemos fazer o que quisermos deste planeta, mas não funciona assim e vamos descobrir isto da pior forma se não refletirmos e buscarmos uma vida de equilíbrio com os ciclos naturais da vida na Terra.”
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Avatar: EUA/2009
Direção: James Cameron
Elenco: Sam Worthington, Zoe Saldana, Sigourney Weaver, Lola Herrera e Joel David Moore
Cines: Cinemark 8, SR Flamboyant 4, SR Flamboyant 2, SR Flamboyant 7, SR Goiânia 4 e 5, Buriti 5 e 2
Por Rute Geudes - O Popular - Magazine - 17.12.09
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