sábado, 24 de julho de 2010

Diário Portenho - 23 de julho

Buenos dias!

Dia muito emocionante, visitar o bairro da Recoleta em Buenos Aires foi muito bom.

A Basìlica de Nossa Senhora do Pilar é linda, com características barrocas da arquitetura espanhola. Nesta igreja existem os claustros onde os frades recoletos viviam.
Hoje os claustros sao atraçao turística, guardao exposiçoes de relíquias religiosas, dentre elas o solidéu do, Papa e hoje santo, Sao Pio X. Um lugar que guarda muitas histórias e segredos que só aquelas paredes conhecem. Um lugar que meu irmao Max gostaria muito de conhecer, me lembrei muito dele lá.



Ao lado da basílica está o fabuloso Cemitério da Recoleta, um verdadeiro museu ao ar livre, centenas de obras de arte adornam o lugar. Me lembrei muito da Professora Dr. Maria Elísia Borges, minha professora no mestrado da FAV/UFG, ela é grande estudiosa das obras de arte cemiteriais.

Dentre os túmulos mais visitados está o de Evita Pèron, modesto, situado em uma rua pacata do grandioso cemitério, contudo, cheio de manifestaçoes de carinho e afeto. Uma verdadeira heroína nacional.


Na Praça das Naçoes Unidas na movimentada Av. Del Libertador está localizada uma obra de arte contemporanea muito singular, a Florais Genéricas, de Eduardo Catalano.
A grande flor constituída por painéis metálicos captam a luz solar fazendo com que se movimente, de forma semelhante ao girassol, quando em dias de sol ela se abre e durante a noite se fecha. Uma obra muito inteligente e grandiosa.


O Museu de Arte Decorativa fica instalado em uma grandiosíssima mansao, que dá vontade de morar, reflete o suntuoso estilo de vida da oligarquia argentina. inúmeras obras estao expostas lá, dentre elas O Pensador de Rodin.

A noite foi coroada com um show de tango e um bom vinho. Algo impressionante.
Os passos, a sensualidade da dança, a dramacidade, tudo me chamou muito a atençao. Tenho que entrar em um curso de dança de salao rápido.

Houve também apresentaçoes de danças folclóricas, muito parecidas com as do Rio Grande do Sul, tanto em vestimentas quanto em movimentaçao no palco.

O show foi finalizado com uma apresentaçao emocionante da música No llores por mi Argentina com cover e homenagem a Evita Pèron.

Buenos Aires tem se mostrado um lugar muito aprasível, contudo, é necessário prestar muita atençao quanto aos pagamentos e aquilo que se contrata, fomos cobrados duplamente pelo show de tango, algo de muita má fé, mas, vale a pena estar aqui.

Me desculpem pela falta de acentuaçao, o teclado em espanhol é um pouco confuso, as fotos serao postadas posteriormente, aqui as tomadas sao diferentes e nao é possível ligar meu equipamento.

Hasta la vista.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Diário Portenho - 22 de julho

Buenas Noches!

O dia em Buenos Aires foi cheio.
Brasília continua sendo mais altiva como cidade e mais impressionante.
A capital da Argentina é bela por possuir edificações centenárias, outras em art noveau e algumas ainda com arquitetura colonial.

Hoje andei em um metrô inaugurado em 1913, os vagões, de madeira, ainda são os mesmos daquela época. Me senti em um cenário que parece não compor os nossos tempos.


O Cabildo construído no século XVIII era a sede administrativa da colônia espanhola e foi sede do primeiro governo argentino após a revolução de 1810, hoje é um museu que abriga um pouco da história da independência da Argentina. Como a arquitetura é colonial, em partes, se assemelha as edificações da cidade de Goiás, particularmente ao Museu das Bandeiras.

Em tordo à praça de Maio, encontram-se o Cabildo, a Casa Rosada e Catedral de Buenos Aires.
Presenciei a manifestação pacífica das Mães de Maio que se reúnem na praça a mais de três décadas para questionar o desaparecimento de seus filhos durante a ditadura que assolou a Argentina entre as décadas de 1970 e 1980.



A Catedral de Buenos Aires é muito singular, possui um forte vínculo entre a fé e o civismo. Em uma das capelas internas está o mausoléu do General José de San Martín, líder da independência deflagrada em maio de 1810. No mausoléu não existem imagens ou símbolos sacros, contudo guardas do exercíto argentino, similares aos dragões da independência no Brasil, fazem a guarda do mausoléu e um ritual militar diarimante às 15h. Todo o piso da catedral é feito em mosaicos, inspirados na revolução de maio. Na frente da catedral existe um lâmpada com fogo perpétuo em memória ao Gerenal San Martin, realmente é uma similaridade muito grande entre a luz perpétua do sacrário, símbolo do Cristo Vivo, e da vivacidade cívica argentina e, tudo isso, compartilhando o mesmo espaço templário.


A Casa Rosada, sede do poder executivo argentino estava enfeitada com estandartes do bicentenário da independência da Argentina.


A Rua Florida é um grande shopping a céu aberto, um lugar muito simpático, fechado para o tráfego de carros, cheio de lojas para todos os gostos e bolsos, com muitos ambulantes, sobretudo peruanos e chilenos, com charmosos quiosques de flores.

O almoço foi no Paseo de Las Luces, uma catástrofe, pedi um prato com nome diferente: Rinocitos a la provenzal com papas, o que nada mas era que um prato feito com rim bovino. O bom vinho argentino tentou salvar o almoço.



Já o jantar, la cena, como dizem por aqui foi na La Posada de 1820, a picanha de primeiríssima qualidade, acompanhada de um bom vinho tinto souvignon cabernet estava demasidamente "esquisito" delicioso. 

Por hoje foi isso.


Hasta la vista!